quarta-feira, 30 de março de 2011

A GUERRINHA DOS CONTRATOS

                      QUEDA DE BRAÇO GOVERNO VERSUS ASSEMBLÉIA

                                                            Bonfim Salgado

                      Maktub. Estava escrito. Não poderia ser diferente. Os respectivos horóscopos, desde a Idade da Pedra Lascada, nunca combinaram bem. Logo, essas idas e vindas em torno da possível aprovação dos contratos administrativos, é assunto bastante previsível e não contém, como se comenta à exaustão, nenhum elemento surpresa.

                      Considerando-se que a máquina estadual nunca teve o condão de funcionar sozinha – é preciso muita gente para empurrá-la e, mais importante, geri-la – por que causaria espanto que o governo Camilo Capiberibe tenha indicado suas necessidades de pessoal em torno de 3 mil pessoas?

                      Por outro lado, até as criancinhas do prezinho escolar, sabem que os 24 deputados estaduais, cada um a seu modo, tem interesses políticos a defender. Logo, é ingenuidade pensar que qualquer deles deixaria escapar a oportunidade de negociar com o governo a aprovação desses contratos. Até porque, aqui e na China, base política é feita de pessoas, seres humanos com necessidades específicas, sendo uma das principais o trabalho remunerado.

                     A formidável pressão que S. Exas. recebem, faz parte do jogo. O governo, por sua vez, irá testar o seu prestígio político e, por extensão, a habilidade de sua bancada parlamentar, a fim de fazer aprovar o máximo de contratações possível. Afinal, há um componente esquecido pela mídia nessa questão dos contratos administrativos: as eleições municipais de 2012. Hoje, prepara-se o terreno, azeita-se os possíveis aliados e, amanhã, num processo político mais do que normal, colhem-se os frutos. Essa é a fórmula.

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