terça-feira, 30 de março de 2010

PANORAMA POLÍTICO

AGENDA ABERTA

VAMOS TORCER
Para que a transição de governo seja a mais pacífica possível. Aliás, numa entrevista radiofônica, ontem, o vice-governador e titular da Saúde, Pedro Paulo Dias, confirmou que afasta-se do cargo de secretário, para concorrer à majoritária para o governo e, tudo indica, assumir o bastão estadual. Pelo que ele disse, nada existe impedindo que as coisas sejam feitas de forma civilizada. É bom lembrar que, nos últimos meses, determinados grupos políticos e algumas aves emplumadas da imprensa local, cultivaram o hábito de espalhar intrigas de supostas briguinhas entre Waldez e seu vice.

NADA DE CORRERIAS
Todo administrador executivo, precisa contar com pessoas de sua confiança. Por isso, tenho a impressão que não haverá traumas no secretariado de primeiro escalão. Os cargos de gabinete, por exemplo, devem receber novos titulares, assim como as secretarias estaduais de Comunicações, Infraestrutura, Planejamento e Segurança Pública. Na PM, deve sair o comandante Gastão Calandrini (é pré-candidat a deputado estadual). Numa frase, ninguém espere correrias. Nem perseguições “brancas”. Isso se fazia muito no passado. Agora, estamos no século 21.

ROTEIRO POLÍTICO
Quem acompanha a coluna, sabe que tracei o roteiro político do ainda governador Waldez Góes. Ele amanheceu hoje em Macapá, vindo de Brasília. Foi tomar a bênção de “São” Lula da Silva e, lógico, agradecer as atenções que recebeu do governo federal, nesses oito anos de gestão no Amapá. Assim, enquanto esta edição de A Gazeta estiver circulando, direção e militância do PDT estará ouvindo a tão esperada fala de Waldez. Ele deve historiar suas realizações e, lá pelas tantas, abraçar o vice, Pedro Paulo e anunciá-lo como o novo governador do Estado.

OUTRO CENÁRIO
Mas, nem tudo o que reluz é ouro. Ontem, recebi duas ligações de amigos e fontes políticas. Os dois garantiram que o cenário da convenção pedetista de hoje, pode estar armado para o lançamento ao governo do atual prefeito de Macapá, Roberto Góes. Duvido muito que isso aconteça. A não ser que, de repente e num rasgo de despreendimento político - ausente nas conversas entre os líderes partidários, desde o ano passado – todos apertem as mãos e partam à realização de um projeto conjunto para o bem do Estado. Todavia, isso é sonho de verão. As forças políticas estão e vão continuar divididas.

NADA DE BARGANHAS
Deixemos de firulas e ilusões tolas. De Brasília, a curto prazo, não virão os recursos que precisamos, para dar um salto mais positivo no desenvolvimento do Amapá. Porque nada temos a barganhar. O que foi aprovado no Orçamento da União, as emendas dos parlamentares, ficará por isso mesmo. O que já veio – muito pouco – tudo bem, o restante, terá que ficar na geladeira, até passar a carruagem das exigências e dos prazos eleitorais. Isso, vale inclusive para o PAC. Há atraso considerável nas obras desse programa. Fato que vem preocupando os governadores que ficam e os que saem, a partir de amanhã. Quem divulgar que iremos receber isso e aquilo, pode ficvar, nada mais nada menos, que escorregando na maionese da demagogia.

TUDO NOS CONFORMES
Como se diz nessas plagas amazônidas, tudo nos conformes, em relação à chapa presidencial de Dilma Rousseff. O candidato a vice-presidente, salvo trovoadas e raios de última hora, deve ser mesmo o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB/SP). Ele já acertou os ponteiros com outro cacique do partido, o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia. Sendo que Temer leva para a campanha de Dilma parte expressiva das maiores lideranças peemedebistas do país. O anúncio oficial dessa aliança PT-PMDB, deve ser feito na primeira quinzena de abril.

CLUBE DOS PALPITEIROS
Na quinta-feira passada, num dos jornais da cidade, um grupo de jornalistas, donos de jornal e políticos estaduais, resolveu especular sobre o futuro das eleições amapaenses. Sem citar nomes, pois não seria nada ético, a primeira enquete, se Waldez sai ou não, deu 6 no “Sai” e 3 no “Fica”; Na segunda, sobre as possibilidades de Waldez ser eleito senador, a maior média foi 9, a menor, 5; no cenário do segundo turno para o governo, três possibilidades: Jorge Amanajás e Lucas Barreto; Pedro Paulo e Lucas e Jorge e Pedro Paulo. O que vocês acham?

OUTRA CORREÇÃO
Uma personalidade do mundo jurídico, que assessora o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, leu os dados que publiquei, sobre o tal coeficiente eleitoral deste ano. Telefonou e pediu que eu ajustasse os números. Ele afirma que a conquista de uma cadeira na Assembléia, demandará 15 mil votos nas urnas. Eu havia dito que eram 13 mil e quebrados. Para a Câmara federal, o pretendente necessita algo entre 48 a 50 mil votos. Meu cálculo foi entre 43 e 47 mil. Mas, tendo o Estado atingido 401 mil eleitores, as coisas não serão nada fáceis na garimpagem dos votinhos. Boa sorte eu desejo aos postulantes.