sexta-feira, 2 de março de 2012

A BATALHA DE 2012

                                    "Meça sempre aquilo que foi feito com aquilo que poderia ser feito"
                                                                                                                     (Lao-Tsé)

               Concordo com aquela frase rezando que cada eleição é uma eleição. Agora mesmo, passado o período das festas de Momo, diz-se que, de fato e de direito, o ano começou. Se assim for, ótimo. Há muito trabalho pela frente. O Brasil anda complicado, socialmente falando, o brioso Estado do Amapá, idem. No meio disso tudo, nos resta entender de uma vez por todas que cabe a cada um o quinhão respectivo de responsabilidade, inclusive pelo fato de não termos acertado ainda nos detalhes necessários à construção de uma nação decente, moderna e socialmente justa. Isto posto, vamos adiante.
               Não basta votar. A cada quatro anos, tomamos banho, o café matinal - às vezes almoçamos ou lanchamos - e nos dirigimos à um local de votação. No bolso, a indefectível e inevitável listinha com os nomes dos candidatos escolhidos. Tudo normal, não fosse o detalhe de que essas escolhas, não demora muito, passam a gerar consequências. Os eleitos, não raro, calçam invisíveis mas evidentes sapatos altos, isolam-se no mundo dourado dos mandatos, ficando alheios às decepções que nos causam. Lançamos sobre eles a montanha das nossas expectativas e, lá adiante, quedamos a lamentar pelo que poderiam ter feito e não fizeram.
               Nos últimos vinte anos, o Amapá não tem tido muita sorte com os seus políticos. As realidades sociais, como um carimbo inescapável de incompetência, empalidecendo os poucos os avanços conseguidos, têm feito do Amapá quase uma exceção no concerto do atual desenvolvimento da Amazônia Legal.