segunda-feira, 31 de outubro de 2011

REFLEXÕES DE SEGUNDA-FEIRA


                         
 
Escrito por Frederick Douglass

(31 Outubro 2011)
 www.midiasemmascara.org

          "Sou pela imediata, incondicional e universal liberdade do homem negro em todos os estados da União. O que é liberdade? É o direito de escolher seu próprio emprego. Se liberdade significa alguma coisa, este é o seu significado. E quando um indivíduo, ou vários resolvem decidir quando um homem tem que trabalhar, aonde ele vai trabalhar, em que emprego ele vai trabalhar e porque ele vai trabalhar e com que propósito ele vai trabalhar, então este homem é praticamente reduzido à escravidão. Sem a liberdade de escolher seu trabalho sua liberdade é uma zombaria, uma mentira. Sem ela ele pode considerar-se ainda escravo, pois de fato, se não é um escravo de um patrão individual, ele será um escravo da sociedade."

          Comentário de Heitor de Paola: Estas palavras, e as que se seguirão, foram pronunciadas num discurso perante a Massachusetts Anti-Slavery Society em Boston, em abril de 1865, poucos dias antes do assassinato do presidente Lincoln, por Frederick Augustus Washington Bailey, mais tarde conhecido por Frederick Douglass, nascido nas docas de Maryland de mãe escrava desconhecida e de pai branco dono de escravos, provavelmente em algum dia de fevereiro de 1818 (ele nunca soube a data de seu nascimento).       Quando foi descoberto que a esposa de seu “dono” o ensinava a ler – uma ofensa ilegal de extrema gravidade – ela teve que parar sob pena de prisão. Douglass continuou aprendendo por si mesmo roubando uma cópia do Spelling Book da Webster, e estudando no The Columbian Orator, e aprendeu a escrever estudando as pranchas dos estaleiros Durgin and Bailey de Maryland. Douglass sempre defendeu que os negros americanos deveriam ter igualdade de oportunidade, nunca de resultados e que o trabalho duro e leis igualitárias eram tudo que os cidadãos negros precisavam para florescer.
            Pode-se perguntar: por que você deseja esta liberdade? Eu acredito que as mulheres, tanto quanto todos os homens têm o direito de votar e meu coração e minhas palavras estão com o movimento que amplia o sufrágio para as mulheres, mas esta questão está acima da qual nossos direitos estão baseados. Nenhuma classe de seres humanos pode se contentar com alguma privação de seus direitos. Nós os queremos de volta como um meio de educar nossa raça (humana). A humanidade é constituída de tal maneira que deriva a convicção de suas possibilidades pela estimativa dos outros. Se nada é esperado de uma pessoa, dificilmente ela conseguirá contradizer esta expectativa. Se não temos o direito de votar, vocês afirmam nossa incapacidade de formar um juízo inteligente a respeito de homens públicos e medidas públicas. Vocês declaram perante o mundo que somos incapazes de exercer o privilégio dos cidadãos, e assim, levam-nos a desvalorizar a nós mesmos, a julgar que não temos as mesmas possibilidades de outras pessoas.
           Eu nego completa e totalmente que nós somos originalmente, ou totalmente, ou praticamente, ou em qualquer circunstância inferiores a qualquer pessoa neste mundo. Esta acusação de inferioridade é uma velha trapaça, tornada real pela opressão em muitas ocasiões. Há apenas seis séculos que os anglo-saxões de olhos azuis eram considerados inferiores pelos arrogantes normandos que pisavam sobre vocês. Vocês estavam por baixo! E agora estão por cima. Estou feliz que vocês estejam por cima e ficaria contente se vocês nos ajudassem a subir também.
            Dizem que somos ignorantes, e eu admito que o somos. Mas se sabemos o suficiente para sermos enforcados, também sabemos o suficiente para votar. Se o negro sabe o suficiente para pagar impostos que mantém o governo, também sabe o suficiente para votar. Taxação e votação devem estar no mesmo pacote. Se os negros sabem o suficiente para portar um fuzil ao ombro, eles sabem o suficiente para votar.
           Mas não devemos perder tempos com isto. Isto depende, segundo meu juízo, ao senso de honra americano. E a honra de uma Nação é algo muito importante. Dizem as Escrituras: “O que ganhais se ganhardes o mundo todo e perderes tua alma?” Também podemos dizer: o que ganha uma Nação se ganha o mundo inteiro e perde sua honra?
          O que eu peço para os negros não é benevolência, nem piedade, nem simpatia, mas simplesmente justiça. O povo americano sempre ficou ansioso sobre o que fazer conosco. Todos se perguntaram, e aprenderam com os primeiros abolicionistas, “O que devemos fazer com o negro?” Eu só tenho uma resposta, para começar: não façam nada conosco! Seus feitos conosco já fizeram todos os prejuízos. Nada façam conosco! Se as maçãs não conseguem permanecer na macieira por sua própria força, se elas foram comidas desde dentro, se apodrecerem e caírem, deixem-nas cair! Estou longe de tentar amarrá-las e prendê-las à árvore, exceto pelas leis da natureza, e se elas não conseguirem ficar lá, deixem-nas cair! Se o negro não conseguir se levantar por suas próprias pernas, deixem-no cair também. 
          Tudo o que eu peço é que dêem a ele a chance de se levantar por suas próprias pernas!          Deixem-no por si mesmo! Se ele estiver caminhando para a escola, deixem-no ir, não o perturbem! Se ele estiver se encaminhando para uma mesa de jantar num hotel, deixem-no ir! Se ele se encaminhar para uma seção eleitoral, deixem-no ir, não o perturbem! Se ele se encaminhar para um posto de trabalho, deixem-no ir por si mesmo – qualquer interferência será uma injúria contra sua condição (de cidadão)! 
           Deixem-no cair se ele não for capaz de se levantar por si mesmo! Se o negro não puder viver pelas leis eternas de justiça, a falta não será sua, mas dele mesmo por não conseguir seguir a linha de justiça e se auto-governar.
Se vocês apenas soltarem suas mãos, e derem a ele uma chance, acho que ele conseguirá sobreviver. Ele trabalhará por si mesmo tanto como o homem branco.

Seleção dos excertos do discurso (pode ser encontrado na íntegra em http://teachingamericanhistory.org/library/index.asp?document=495) por Wynton Hall, visiting fellow da Hoover Institution na Universidade de Stanford e proprietário da Wynton Hall & Co., conhecida agência de ghostwriting e speechwriting, para a revista Townhall.




terça-feira, 25 de outubro de 2011


                     Esse Artigo de Olavo de Carvalho, reflete meu pensamento sobre essas idas e vindas políticas do PT e seus instrumentadores. Um tipo de gente que tomou o poder de assalto e, hoje, comete as mesmas práticas sócio-econômicas deletérias de governos anteriores. Indignados, não raro nos vemos pensando naquela frase: "Cada país tem os militantes do PT que merece."

                     
 
Escrito por Olavo de Carvalho 
25 Outubro 2011
Artigos - Cultura 

Quem os doutrinou para crer que qualquer desafio às suas convicções é crime e não pode ser tolerado nem por um minuto?

Saudosos tempos aqueles em que os jovens esquerdistas investiam galhardamente contra cavalarianos armados de sabres! Atualmente eles se reúnem às centenas para intimidar um homem só, minoria absoluta no Congresso, e se acham uns heroizinhos por isso. Ou, montados no apoio do Estado e de ONGs bilionárias, se articulam maquiavelicamente para cortar os meios de subsistência de um pai de família que, perseguido e acuado em sua terra, vaga de país em país com a mulher e quatro filhos, rejeitado e humilhado por toda parte, sem ter onde cair morto.
Em ambos os casos, os ativistas imaginam, sentem e acreditam, no interior do seu teatrinho mental, que são ousados combatentes pela liberdade lutando contra o centro mesmo do poder opressor, quando na realidade são eles próprios o braço do maior esquema de poder que já se viu no mundo, a aliança do Estado com os organismos internacionais, as grandes fortunas globalistas e a mídia em peso, todos juntos contra focos isolados de resistência, ingênuos e desamparados idealistas que, certos ou errados, nada ganham e tudo arriscam para permanecer fiéis a seus valores.
É a caricatura grotesca, a inversão total da coragem cívica, a perda radical do senso da equivalência de forças, das leis do combate honroso que um dia prevaleceram até em brigas de rua, entre malandros, e hoje desapareceram por completo nos corações daqueles que, para cúmulo de ironia, continuam se achando a parcela mais esclarecida da população. 
Quem os ensinou a ser assim?  Quem arrancou de suas almas o sentimento mais elementar de justiça, de honra, de amor ao próximo e até mesmo daquela tolerância que tanto exaltam da boca para fora, substituindo-o pelo ódio projetivo, insano, misto de terror, que só enxerga no rosto do oponente a imagem do demônio que os intimida por dentro e os leva a sentir-se ameaçados quando ameaçam, perseguidos quando perseguem, oprimidos quando oprimem, odiados quando odeiam?
Quem os ensinou a temer a tal ponto os argumentos vindos de uma voz solitária que, ao menor risco de ouvi-la, sentem a necessidade de sufocá-la com gritos e ameaças, e acreditam ser isso a apoteose da democracia, da liberdade e dos direitos humanos? Quem os doutrinou para crer que qualquer desafio às suas convicções é crime e não pode ser tolerado nem por um minuto? Quem os ensinou a imaginar a estrutura do poder de cabeça para baixo, com dois ou três cidadãos isolados e sem recursos no topo, e o conjunto das forças internacionais bilionárias em baixo, gemendo sob o jugo implacável de algum Jair Bolsonaro, Julio Severo ou Padre Lodi? 
Quem os ensinou a enxergar "crimes de ódio", imputáveis à consciência religiosa, em cada assassinato de homossexuais praticado por garotos de programa, com toda a evidência homossexuais eles próprios, e desprovidos, é claro, de qualquer vestígio de escrúpulos religiosos? Quem os ensinou a proclamar, diante desses assassinatos, que "a Igreja tem as mãos sujas de sangue", quando o próprio Movimento Gay da Bahia confessa ser a maior parte deles cometida por profissionais do sexo e até hoje não se exibiu nem um único caso de homicídio cometido contra homossexuais por motivo de crença religiosa ou sentimentos conservadores?
Quem os ensinou a desprezar a tal ponto a realidade e apegar-se a lendas insanas, carregadas de ódio injusto contra inocentes que nunca lhes fizeram mal algum, além de discordar de suas opiniões, e que não têm aliás o mais mínimo meio de defesa contra os ataques multitudinários e bem subsidiados que se movem contra eles?
Posso explorar essas perguntas em artigos vindouros, mas nenhuma resposta vai jamais atenuar a estranheza de um fenômeno deprimente, abjeto, moralmente inaceitável: a perda do sentimento de justiça e de honra por toda uma geração de brasileiros.
Eu mesmo, quando escrevi O imbecil juvenil em 1998 (v. http://www.olavodecarvalho. org/textos/juvenil.htm), não esperava que o mecanismo sociológico ali descrito se tornasse, por assim dizer, oficializado, consagrando como virtudes cívicas a covardia, o servilismo grupal e o assalto coletivo a bodes expiatórios desproporcionalmente mais fracos.
(Publicado no Diário do Comércio)

BRASIL DE INJUSTIÇAS


               Luiz Solano, um dos melhores profissionais de imprensa que conheço, remeteu-me esse pequeno artigo. Nele, podem ser vistos aspectos cruéis de como a injustiça e a hipocrisia ainda permeiam as relações sociais no Brasil. Como pode uma pessoa decente ser vilipendiada e perseguida por um político, por um crime que não cometeu? Esse é o Brasil que não quero para minha filha, muito menos para minha neta.

                                          

           LUIZ SOLANO/O Repórter do Planalto
           (25/10/11)

                Pimenta só dói no olho do vizinho

       Parece que a presidente Dilma estava em lugar incerto e não sabido quando o ex-governador Joaquim Roriz esteve à frente do Governo do Distrito Federal, nos anos 90, e fez um belo trabalho em Brasília, dando condições de vida para milhares de pessoas que moravam de fundo de quintal, promovendo uma revolução na distribuição de lotes e criando cidades como Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo e muitas outras, dando endereço a essas pessoas que escolheram Brasília para trabalhar, estudar e viver.
            Pois bem, Joaquim Roriz foi criticado pela militância do PT e investigado pelo Ministério Público sobre a iniciativa de dar dignidade aos brasileiros que se fixaram aqui. Foi massacrado e até mesmo condenado por um crime que não cometeu, quando seu grande pecado foi ajudar as pessoas que precisavam de um teto, com muitos fugindo da seca e da miséria no Nordeste. Nos governos anteriores, Joaquim Roriz foi novamente massacrado pelos petistas de plantão no Distrito Federal, que sempre criavam alguma forma de tirar o ex-governador do foco do seu trabalho para dar explicações à sociedade de Brasília e para a mídia no Distrito Federal.
        Como pimenta só dói do olho do vizinho, lemos as declarações da presidente Dilma quando saiu em defesa do ministro Orlando Silva, ao dizer que o "governo não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência". Belas palavras para defender o ministro. Na mesma nota, a presidente Dilma diz : “Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente”. Outras belas palavras em favor do auxiliar, que hoje é denunciado pela mídia de todo o país, por corrupção na pasta que ocupa na Esplanada dos Ministérios.
            Joaquim Roriz não teve o mesmo tratamento dos petistas no Distrito Federal e mesmo fora de Brasília. A pergunta que faço é: onde estava a senhora Dilma, nessa ocasião, quando Joaquim Roriz foi ameaçado, denunciado e massacrado pelos atuais detentores de importantes cargos na República?
Eu e meus filhos estamos sendo perseguidos por um deputado do PT aqui de Brasília. Enviei à presidente Dilma; ao secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; e ao ministro Eduardo Cardoso, uma carta explicando a situação e não tive qualquer resposta, pois o perseguidor é dos quadros do PT e a eles certamente não interessa intervir nessa situação para não constranger o "companheiro".
     Quando era ministro da Justiça, o hoje governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, foi informado dessa perseguição. Apenas mandou uma "cartinha" para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para saber o que estava acontecendo e ficou nisso mesmo, enquanto que o deputado do PT continua com sua perseguição implacável contra mim e meus filhos. Como podem ver, a presidente Dilma defende o amigo, seu ministro, e não liga para as injustiças que são praticadas por membros do seu partido, o PT, às pessoas de bem e pacíficas.
         Esse deputado do PT que persegue a mim e a meus filhos disse em nota publicada no jornal Correio Braziliense que eu era assassino, pois tinha atropelado e morto uma criança, usando um carro oficial. Pedi a ele explicações por meio de carta e pela imprensa para saber onde estava registrado tal acidente, em que delegacia ou cidade, em que dia, mês e ano isso aconteceu. Nunca respondeu nada, ficou calado, já que se escondia na época e se esconde ainda atrás de um instrumento imoral que é chamado de "imunidade parlamentar", a arma dos covardes, que fogem da Justiça. 
         Em vez de se explicar sobre o assunto, preferiu me processar, pois o chamei de dedo-duro e ele se sentiu ofendido.
Ele denunciou para a sociedade de Brasília um crime fictício, que eu não cometi, ou seja, o atropelamento de uma criança. É, dona Dilma: PIMENTA SÓ DÓI NO OLHO DO VIZINHO.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CARAPUÇA PARA PUXA-SACOS

                                 
Quinta-feira, Outubro 20, 2011

ARTIGO: O aparelhamento da coisa pública. 

                   Por: Nilson Borges Filho (*)

Dilma chegou à presidência da República pelas mãos de Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo a contragosto de parcela significativa de petistas de alto coturno. Foi um ato de vontade do ex-presidente, como se nada estivesse acima do seu gosto pessoal. O PT veio a reboque e – por falta de opção – os demais partidos da base aliada fizeram coro ao capricho presidencial.

Lula é um animal político esperto e sabe os caminhos que podem levar alguém ao poder. Criada em cativeiro, Dilma se deixou conduzir pelo chefe como se o futuro próximo não mais lhe pertencesse. Contando com o apoio do ex-presidente e levada pelos altos índices de popularidade do governo, Dilma derrotou o ex-ministro José Serra, candidato das oposições. 

Como não existe almoço de graça, Lula exigiu que alguns nomes fizessem parte do novo ministério e que outros fossem mantidos. Antônio Palocci pode ser enquadrado no primeiro caso, já Fernando Haddad, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi e Orlando Silva encontram-se na segunda situação. Tudo de acordo com o figurino.

Em pouco mais de nove meses, Dilma já substituiu cinco ministros: um por falar o que não devia e quatro por corrupção. A bola da vez é o ministro Orlando Silva (PC do B), envolvido até o pescoço com denúncias de malversação do dinheiro público na pasta do Esporte. 

Por baixo, o rombo nos cofres do ministério se aproxima aos 40 milhões. A propina está estimada em 20% do que era liberado para as ONGs, dirigidas por partidários do ministro Orlando Silva. 

O presidencialismo de coalizão brasileiro provoca esse tipo de coisa, o aparelhamento do Estado por apadrinhados dos diversos partidos que formam a base aliada do governo petista. Não bastasse isso, com a ascensão do PT, o neopeleguismo tomou de assalto os principais cargos da estrutura do Estado. 

É  natural que o partido que alcance o poder governe com os seus quadros. Mas o que ocorre no Brasil, seja em nível federal ou em níveis estaduais, o aparelhamento do Estado chega à fronteira da falta de respeito com o dinheiro do contribuinte. 

O senador Aécio Neves tem denunciado publicamente o desprezo do governo petista com a meritocracia. E o faz com carradas de razão, principalmente com o aparelhamento dos neopelegos nas estatais ligadas ao governo federal. Mas esquece o senador, que a mesma prática se dá nos Estados governados pelo PSDB. 

Ocorre que, entre os tucanos, o aparelhamento se dá entre parentes e corriolas. Muito embora a insatisfação ocorra subliminarmente, é crescente a formação de corriolas em governos tucanos – mormente em estatais, que ficam longe do olhar do governante – integradas por pessoas que contam com a simpatia do chefete, amiguinhos de última hora da autoridade pública e daqueles tipinhos nojentos que fazem o jogo do “leva-e-traz”, que costumam se apresentar como leais ao chefe de plantão detonando colegas de trabalho e abiscoitando bons cargos. 

O chefete que ali está não por mérito, mas por fazer parte da cota de algum político, esconde sua mediocridade e insegurança formando verdadeiras corriolas em seu entorno.  Enquanto isso, aqueles servidores históricos que, por força do caráter ou  profissionalismo, não se permitem ao agachamento moral, são desqualificados e colocados de escanteio pela autoridade pública. 

Assim, se o PSDB desejar, nas próximas eleições presidenciais, colocar em pauta a questão do aparelhamento petista na estrutura do Estado, comece a rever determinadas práticas de aparelhamento nos seus governos estaduais, onde prevalecem o “poder das patotas” em detrimento de uma gestão profissional. 

Choque de gestão faz bonito e soa bem aos ouvidos dos de fora, mas seria bom que os governantes tucanos lançassem um olhar crítico  para o que está ocorrendo, além das suas vistas, nas suas administrações. Principalmente nas estatais. Não custa nada alertar: 2014 está logo aí. E não adianta virem com lero-lero, pois os fatos falam por si.

(*)Nilson Borges Filho é  doutor em Direito, professor e articulista colaborador do Blog www.aluizioamorim,blogspot.com

terça-feira, 18 de outubro de 2011

PRESSÃO DOS LEITORES

          Ora, exatamente no dia 16 de setembro passado, fiz minha última interveção neste desprentencioso e mal escrito Blog. Mas, nada como o tempo que, dizem por aí, é o grande senhor da razão. Hoje, coleciono uma porção de pedidos dessa meia dúzia de teimosos amigos, uma espécie de gente terrível, que nunca esquece das coisas e quer atualizações aqui todos os dias. Pobre de mim!
         Um Blog, é quase como um filho. É preciso cuidar bem dele. Fazê-lo crescer sadio. Dar-lhe conteúdo e consistência intelectual. Sem maiores concessões. Sem esquecer que esse nosso mundinho anda muito complicado, mais devido à hipocrisia, mentiras e tartufismo das pessoas, menos por aquilo que podemos almejar de bom e útil para nós e para a sociedade onde vivemos.
         A pressão de um só leitor é coisa muito séria. Imaginem se forem meia dúzia, iguais aos meus!
         Assim, de repente, acabo redescobrindo a pólvora e me convencendo de que, no frigir dos ovos, vale bem a pena estar aqui com vocês.