terça-feira, 25 de outubro de 2011

BRASIL DE INJUSTIÇAS


               Luiz Solano, um dos melhores profissionais de imprensa que conheço, remeteu-me esse pequeno artigo. Nele, podem ser vistos aspectos cruéis de como a injustiça e a hipocrisia ainda permeiam as relações sociais no Brasil. Como pode uma pessoa decente ser vilipendiada e perseguida por um político, por um crime que não cometeu? Esse é o Brasil que não quero para minha filha, muito menos para minha neta.

                                          

           LUIZ SOLANO/O Repórter do Planalto
           (25/10/11)

                Pimenta só dói no olho do vizinho

       Parece que a presidente Dilma estava em lugar incerto e não sabido quando o ex-governador Joaquim Roriz esteve à frente do Governo do Distrito Federal, nos anos 90, e fez um belo trabalho em Brasília, dando condições de vida para milhares de pessoas que moravam de fundo de quintal, promovendo uma revolução na distribuição de lotes e criando cidades como Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo e muitas outras, dando endereço a essas pessoas que escolheram Brasília para trabalhar, estudar e viver.
            Pois bem, Joaquim Roriz foi criticado pela militância do PT e investigado pelo Ministério Público sobre a iniciativa de dar dignidade aos brasileiros que se fixaram aqui. Foi massacrado e até mesmo condenado por um crime que não cometeu, quando seu grande pecado foi ajudar as pessoas que precisavam de um teto, com muitos fugindo da seca e da miséria no Nordeste. Nos governos anteriores, Joaquim Roriz foi novamente massacrado pelos petistas de plantão no Distrito Federal, que sempre criavam alguma forma de tirar o ex-governador do foco do seu trabalho para dar explicações à sociedade de Brasília e para a mídia no Distrito Federal.
        Como pimenta só dói do olho do vizinho, lemos as declarações da presidente Dilma quando saiu em defesa do ministro Orlando Silva, ao dizer que o "governo não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência". Belas palavras para defender o ministro. Na mesma nota, a presidente Dilma diz : “Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente”. Outras belas palavras em favor do auxiliar, que hoje é denunciado pela mídia de todo o país, por corrupção na pasta que ocupa na Esplanada dos Ministérios.
            Joaquim Roriz não teve o mesmo tratamento dos petistas no Distrito Federal e mesmo fora de Brasília. A pergunta que faço é: onde estava a senhora Dilma, nessa ocasião, quando Joaquim Roriz foi ameaçado, denunciado e massacrado pelos atuais detentores de importantes cargos na República?
Eu e meus filhos estamos sendo perseguidos por um deputado do PT aqui de Brasília. Enviei à presidente Dilma; ao secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; e ao ministro Eduardo Cardoso, uma carta explicando a situação e não tive qualquer resposta, pois o perseguidor é dos quadros do PT e a eles certamente não interessa intervir nessa situação para não constranger o "companheiro".
     Quando era ministro da Justiça, o hoje governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, foi informado dessa perseguição. Apenas mandou uma "cartinha" para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para saber o que estava acontecendo e ficou nisso mesmo, enquanto que o deputado do PT continua com sua perseguição implacável contra mim e meus filhos. Como podem ver, a presidente Dilma defende o amigo, seu ministro, e não liga para as injustiças que são praticadas por membros do seu partido, o PT, às pessoas de bem e pacíficas.
         Esse deputado do PT que persegue a mim e a meus filhos disse em nota publicada no jornal Correio Braziliense que eu era assassino, pois tinha atropelado e morto uma criança, usando um carro oficial. Pedi a ele explicações por meio de carta e pela imprensa para saber onde estava registrado tal acidente, em que delegacia ou cidade, em que dia, mês e ano isso aconteceu. Nunca respondeu nada, ficou calado, já que se escondia na época e se esconde ainda atrás de um instrumento imoral que é chamado de "imunidade parlamentar", a arma dos covardes, que fogem da Justiça. 
         Em vez de se explicar sobre o assunto, preferiu me processar, pois o chamei de dedo-duro e ele se sentiu ofendido.
Ele denunciou para a sociedade de Brasília um crime fictício, que eu não cometi, ou seja, o atropelamento de uma criança. É, dona Dilma: PIMENTA SÓ DÓI NO OLHO DO VIZINHO.

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