segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ARTIGO ENTREVISTA DE HOJE NO TWITTER

       
        (O material foi transcrito sem nenhuma alteração)
        
  
POBREZA, FOME e PRECONCEITO
                    Hiago Silva
                    (do Twitter)
Oi galera, a segunda matéria do blog é bem constragedora.. Você que tá lendo essa matéria, deve está em casa agora, sentado na frente do computador. Você acorda de manhã vai ao colégio, chega, almoça, dormi, merenda, vai pra internet e depois sai com os amigos. Pois é, enquanto você tá ai na sua casa tem gente que nem casa tem, tem gente que mora em barracos, tem gente que passa fome, tem gente que não tem escola pra estudar, tem gente que não tem amigos, tem gente que não tem uma cama pra dormi... Pô galera, vamos refletir né, eu era assim, não me passava na cabeça que enquanto eu dormia na minha cama quente, tinha gente que tinha que dormi no frio do chão.. não passava na minha cabeça que enquanto eu estava almoçando ou merendando tinha gente que não tinha nem o que almoçar e muito menos o que merendar! Eu conheçi uma menina que mora em um barraco, eu conversei com ela, e poxa galera, a historia de vida dela é muito sofrida pra quem só tem 14 anos! O nome dela é Amélia, mora em um barraco, ela os pais e mais 4 irmãos.

Blogspace: Amélia, conta um pouco da vida de vocês, dos seus pais e dos seus irmãos.
Eu sou a mais velha, tenho 14 anos, minha mãe se chama Lucineide e meu pai se chama João, ao todo são 5, eu, Ana (1 ano), Junior (7 anos), Mauricio (9anos), Maria (12 anos), minha mãe não tem condições de pagar escola pra gente, e mesmo que ela podesse meu pai não quer que a gente estude, ele diz que a gente tem que ajudar ele a catar papelão, minha irmã Ana fica com minha mãe nas ruas, minha mãe usa ela pra pedir esmola, o Junior e o Mauricio ficam com meu pai, catando, eu e minha irmã Maria ficamos pedindo moeda nos transitos pra tentar levar alguma coisa pra casa, tem dias que a gente não tem o que comer, a gente só toma banho quando chove, a gente dorme em papelões... É muito triste!

Blogspace: Desde quando você nasceu que seus pais moravam na rua?
Sim, minha mãe já pensou até em ser garota de programa pra tentar dá alimento pra gente.

Blogspace: Você pretende estudar? Ter um futuro melhor?
Sim, mas meu pai não deixa, ele quer que eu e minha irmã fique no sinal, atrás de dinheiro e alimento. Eu queria muito ter um futuro melhor, ter uma vida melhor, dá uma vida digna pra minha familia, mais eu acho que isso nunca vai acontecer.

Blogspace: Seus pais tratam vocês bem?
Minha mãe nos dá muito carinho, mas meu pai é usuario de drogas, o dinheiro que ele ganha é uma pouca parte pra gente e o resto pra drogas. Meu pai bate na minha mãe quando a gente não tá em casa!

Blogspace: E o que você diz pra pessoas que tem condições boas de vida?
Que eles tenham valor e amor por tudo que eles tem, porque tem gente no mundo que não tem nada. E que eles ajudem as pessoas pobres.

Blogspace: E o preconceito que vocês sofrem?
É muito chato né, as pessoas olham torto pra você, ficam lhe chamando de favelado, pobre sujo, imundo, insento, é realmente muito triste, um dia na eu passei correndo mais o meu irmão em frente a uma loja, o senhor que estava na calçada gritou: "peguem esses ladrõezinhos, antes que eles roubem uma pessoa" a gente estava só brincando, é tudo muito dificil!


Caramba né gente, a Amélia chorou na entrevista, é muito chato você querer fazer e não ter estrutura. Reflitam muito depois dessa matéria, boa tarde e boa segunda-feira a vocês. (O que é bem ironico dizer isso da segunda-feira). Abraços galera


 

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