quarta-feira, 31 de outubro de 2007

TROPA DE ELITE

COMO BURLAR OTÁRIOS


O Brasil, há séculos, está condenado a repetir-se. Ese filme, "Tropa de Elite", de repente, acordou um lado de nossa sensibilidade: aquela velha indoferença para com a sorte dos que, ainda, permanecem do outro lado do balcão, os pobres e miseráveis.
Esta semana, o diretor do filme, na esteira do relativo sucesso que vem colhendo, inclusive entre as classes ditas intelectuais e formadoras de opinião, disse que as drogas deveriam ser legalizadas. Só não falou de que maneira, baseado em que postulados legais, nem a que custo.
A apologia da violência barata, contra pobres, negros, putas, desdentados e favelados, só serve mesmo para perpetuar o estigma maldito - que paira sobre as nossas polícias, a Militar e a Civil - como cultoras da truculência e da brutalidade, no trato com os cidadãos que lhes pagam os salários. De fato, para quem continua vendo o Brasil, em pleno século 21, pelo prisma da mais- valia, onde a pessoa é aquilo que tem na conta bancária, esse filme é um prato cheio.

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