segunda-feira, 8 de agosto de 2011

NOTAS DE SEGUNDA-FEIRA


           
              NOTAS DE SEGUNDA-FEIRA

                              Bonfim Salgado
      

                    MODA EM ALTA
   Maniqueísmo continua firme. No twitter ou em qualquer outra rede social, se você discordar de alguma ação do governo do Amapá, vários sabujos de plantão caem sobre você. No mínimo, classificam o sujeito de “oposição.” Mas o que é oposição? Qual é o político neste Estado que poderia definir esse termo? Sem pecar contra a castidade?

                         POR CIMA
   A história é antiga. No Amapá, desde Janary Nunes, nos idos de 1947/48, a turma governista, a nomenklatura, os escolhidos para o primeiro escalão da administração estadual, sentem-se os ungidos do Senhor. Quem estiver abaixo, deve render-lhes permanente homenagem. Se possível, com aqueles salamaleques árabes de mãos postas e reverências com o corpo curvado.

                      A MENOS
   Nunca me canso de advertir essa gente insensata que, no poder, conta-se sempre um dia a menos. Significando afirmar que o poder acaba e, com ele, a petulância e o narizinho empinado das pessoas. Assim, nada como aprender com os filósofos – Sêneca, por exemplo – as virtudes da humildade que é irmã gêmea da sabedoria.

                     TOLERAR CONTRÁRIOS
  Hoje, as pessoas em geral têm acesso às mais variadas formas de informação – não só nas redes sociais – e formam opinião com a maior facilidade. Nada escapa ao crivo crítico. Consenso? Quem há de conseguir? Por isso, o pluralismo e a tolerância aos contrários deve ser apanágio dos políticos. 

                       DIRIGISMO TOLO
    Mas, parecendo maldição, a maioria dos nossos políticos – e aqui incluo o Amapá – praticam uma espécie de dirigismo tolo nas idéias. Querem aceitação irrestrita, aprovação sem crítica de todos, a começar dos eventuais assessores. Aliás, posição que fazem questão de manter, enquanto a política lhes dá asas e as urnas também lhes cantam à favor. Belo dia, caem do cavalo. Indo passar horas reunindo velhos papéis ou, se tiverem sorte, a fazer conferências, a fim de relatar aos pobres mortais a experiência que julgam possuir.


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