terça-feira, 19 de junho de 2007

DINHEIRO PÚBLICO PELO RALO

BEIRA-RIO, OH, BEIRA-RIO!

Não faz muito tempo, escrevi uns artigos de jornal, observando que a arquitetura, o traçado daqueles quiosques da Beira-Rio (em frente ao hotel Macapá), estavam inadequados. Havia muitos espaços entre os quiosques, os banheiros foram projetados (pasmem), para uso comum de homens e mulheres (um absurdo) e o sistema de drenagem de águas não tinha sido feito da maneira correta.
Foi um Deus nos acuda. As autoras do projeto (consta que foram duas arquitetas da prefeitura de Macapá), ficaram furiosas comigo. Alguns jornalistas, amestrados, idiotas sem informação, também embarcaram na canoa e meteram-me goela abaixo seus adjetivos de pacóvios.
Pois bem. Ficar naquele local, os quiosques, passou a ser um suplício, notadamente numa cidade onde chove seis meses por ano. Era comum a gente sair correndo com o prato na mão, em busca de abrigo, ao menor chuvisco. O tempo passou.
Após uma campanha na imprensa, detonando a questão do "banheiro único", fizeram uma reforma e os banheiros passaram a ser dois: homem e mulher.
Agora, outra reforma está em curso. Os "iluminados" da prefeitura e do governo estadual, chegaram à conclusão de que os espaços devem ser melhor aproveitados. Derrubaram tudo e a obra começou a ser modificada. Detalhe: a antiga foi feita com dinheiro proveniente da SUFRAMA, à época do então prefeito João Bosco Papaléo Paes.
Gostaria muito de ver, agora, a cara de tacho das tais arquitetas, autoras do primeiro projeto, às quais recomendo viagem de reciclagem à Bahia, ao Paraná (Curitiba) e, se sobrar um dinheirinho, à Barcelona.

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