quarta-feira, 20 de junho de 2007

METAS DE NÃO SEI QUANDO

UM DIA, SEREI DISCIPLINADO

Numa conversa com o Leozildo Benjamim - uma das melhores cabeças técnicas que conheço na área de meio ambiente - disse-lhe que, dia desses, pretendo começar um regime disciplinar, pessoal, pior do que aqueles períodos negros de quartel. Ocorre que, de repente, bateu-me um vendaval de saudades de antigas leituras. Tanto que, recentemente, comecei a reler Machado de Assis, Joyce, Rimbaud, Proust e o inconfundível Ernest Hemingway.
A nostalgia, às vezes, tem nome de livro. Quero reler Dante, em sua A Divina Comédia, a fim de entender melhor aqueles eflúvios de amores dele e de sua amada, Beatriz. (nome lindo, não...Beatriz). Mas, que fazer? O mundo é meio complicado e a gente, nem sempre, tem à disposição o tempo que desejaria.
Por enquanto, vou procurar onde anda - nuns tais caixotes empoeirados - aquela pérola chamada "Cem Anos de Solidão", de Gabriel Garcia Márquez, um livro que todo sujeito decente deveria ler, mastigar e engolir, conforme dizia Francis Bacon. Gabriel, pelo menos em "O Amor nos tempos do Cólera", atinge aqueles píncaros da ficção, desfilando à nossa frente a remota e interessante atmosfera de velhos canhões coloniais, galeotes espanhóis e portugueses, tipos e paisagens inesqueciveis, pelo seu conteúdo lúdico e histórico.
Meu Deus! Se escrever mais duas linhas, faço logo uma novela! Assim, vocês já estão sabendo acerca de minhas futuras metas: reler a velharia literária do século passado. Eu acho que vale a pena.

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