quarta-feira, 20 de junho de 2007

NUNCA TIVE CINCO MIL LIVROS

ALCINÉIA E UMA FELIZARDA

Bom, diz ela que está arrumando a nova casa e que precisa ajeitar seus 5 mil livros. Vejam só! Fiquei fascinado com esse detalhe: 5 mil volumes, devem fazer as delícias de qualquer leitor inveterado, como eu. Nunca tive essa quantidade de livros. Não porque não os pudesse adquirir (até ganhei um bom dinheirinho, honesto, é claro), mas - acho eu - devido à essa minha vida de judeu errante. Sim, um sujeito despojado, quase franciscano, mas que vai deixando livros, discos, o diabo a quatro, em todos os lugares por onde passa.
Na verdade, casei somente duas vezes. Mas, em constantes mudanças de endereço, minha sina tem sido administrar caixotes de papéis, jornais, livros com a capa rasgada e cheiro de mofo, velhos diplomas roídos pelas traças e que serviram, oh, meu Deus!, de pasto aos cupins. Coisas que, muitas vezes, jogo num cantinho do quintal e largo fogo, naqueles autos de fé, muito pesoais, após os quais a gente passa 72 horas arrependido, lamentando nao ter guardado mais um pouquinho aqueles poemas tortos da época de ginásio. Assim tem sido.
Por isso, quando acessei o blog da Alcinéia, ontem, esse detalhe dos livros prendeu-me a atenção. Um dia, quem sabe, irei visitar a famosa jornalista e ela, lógico, mostrará suas estantes à este pobre e deserdado marquês.

Um comentário:

Gian Danton/Ivan Carlo disse...

Eu também quero ir ver os livros da Alcinea. Conhecer uma biblioteca é o melhor convite que podem me fazer...