quarta-feira, 20 de junho de 2007

RENAN NO OLHO DO FURACÃO

COZIDO EM FOGO LENTO

As coisas se passam assim, na política. Renan Calheiros (PMDB/AL), pode ter semeado uma carreira brilhante. Chegou à presidência do Senado da República, o que não é pouco. Contudo, é feito de carne humana e, como tal, sujeito aos desejos, ódios, preferências e aversões humanas, tudo isso dirigido por uma coisa que os junguianos denominam de "vontade" e os freudianos de "libido."
Renan arranjou uma namorada jornalista e, na esteira do namoro, uma filha extra-conjugal. E o mundo continuou rodando (ou seja, o Planeta) e tudo parecia ir muito bem e no melhor dos mundos. Afinal, o parceiro Lula, hoje maior garantia dos políticos brasileiros de algum topete, tinha ganho a reeleição. Renan começou a destacar-se no cenário nacional, a brilhar mais que nunca.
Esquecido de que os invejosos não dormem.
Resultado: armaram arapucas e desnudaram-lhe os segredos famiiares e íntimos. O escândalo pipocou nas páginas de jornais e revistas. Alguém convocou a sonolenta Comissão de Ética do Senado e o puxa-puxa de dedeclarações desencontradas tornou-se lava em cratera de vulcão.
Hoje, de modo mais que melancólico, as aves agourentas pedem a cabeça (renúncia) de Renan. Ele resiste. Diz que não vai renunciar, mas isso parece - a cada dia que passa - uma realidade inescapável.
Ele está sendo cozinhado em fogo lento e com os molhos de escândalo apropriados. Se cair, como é bem provável, será menos um no caminho dos ambiciosos de carteirinha, tipo José Serra e Michel Temer, que acordam, escovam os dentes, almoçam, merendam, jantam e dormem pensando em como chegar à cadeira da presidência da República.
Delenda Renan! (É preciso destruir Renan), para que outros reis e vice-reis da política, Richelieus e Tartufos, saiam das sombras e assomem ao proscênio.
Como diz o valoroso Hélio Fernandes (Tribuna da Imprensa): Que República!

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